Um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Münster, na Alemanha, atesta que Júpiter foi o primeiro planeta do Sistema Solar a ser formado, 1 milhão de anos após o aparecimento da região onde vivemos. Com o passar de 2 ou 3 milhões de anos o gigante chegou ao tamanho que tem hoje: 50 vezes o da Terra.
“É a primeira vez que podemos dizer algo sobre Júpiter baseados em medições feitas em laboratório”, afirmou um dos autores do estudo Thomas S. Kruijer ao periódico The Washington Post. Para fazer o estudo, os cientistas utilizaram antigos meteoritos que chegaram à Terra.
Uma das suspeitas está relacionada justamente com o tamanho do planeta: Júpiter teve mais tempo para varrer a grande faixa de gás e poeira que circundava o Sol.
Além disso, especialistas também creem que o gigante servia como escudo, atraindo com sua gravidade meteoros instáveis. “Com cerca de 1 milhão de anos Júpiter era grande o suficiente para bloquear o Sistema Solar interior do exterior”, disse Brandon Johnson, da Universidade Brown, que não fez parte da pesquisa.
O estudo também evidencia a existência de dois tipos de rochas no passado: as que ficavam entre o Sol e Júpiter e as que ficavam depois de Júpiter. Hoje, após o desenvolvimento da tecnologia, é possível medir as diferenças entre esses objetos espaciais.
De acordo com a nova análise, os grupos de meteoros se separaram aproximadamente 1 milhão de anos após a formação do Sistema Solar e só voltaram a se encontrar 3 milhões de anos depois, o que significa que os grupos coexistiram em algum momento. De acordo com os especialistas, Júpiter foi responsável por esse distanciamento.
Para Brandon Johnson da Universidade Brown, até em seus primórdios Júpiter controlou a dinâmica do e a evolução do Sistema Solar: “É a maior coisa que tem [no Sistema]. Até quando tinha 1 milhão de anos mudou a forma do nosso Sistema Solar”.
Fonte: Galileu
Fonte: Galileu
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