segunda-feira, 24 de abril de 2017

O ultimo voo da donda Cassini



A sonda Cassini, lançada pela NASA em 1997, partiu no sábado, dia 22 de abril, rumo ao seu último voô pelo satélite Titã — um dos lugares com maior probabilidade de abrigar condições para a vida no Sistema Solar (depois da Terra, claro).

Agora, a sonda parte em direção à órbita de Saturnopara, por fim, desintegrar-se na atmosfera do senhor dos anéis gasoso — a ideia é que a sonda não contamine sem querer os satélites rochosos com material do nosso planeta. 

Uma das últimas imagens registradas pela nave foi a Terra e a Lua vistas de Saturno, a uma distância de 1,4 bilhões de quilômetros (acima).

É a última chance de ver de perto o maior satélite do planeta, um dos únicos a ter um ciclo hidrológico conhecido. Titã possui mares, lagos e rios feitos não de água, mas de metano.

A sonda passou perto dos dois maiores oceanos da lua, Kraken e Ligeia, localizados no pólo norte. Mesmo com uma atmosfera densa, o que dificulta a visão das câmeras, a sonda possui radares capazes de medir a profundidade dos corpos.

A última missão do satélite é chamada de Grand Finale e está programada para o dia 15 de setembro. Depois de fazer seu último sobrevoô por Titã, o aparelho tem sua rota alterada pela gravidade do satélite.

Diferente dos últimos anos, Cassini irá orbitar Saturno pelo vão entre sua superfície e seus anéis. A trajetória será repetida 22 vezes até sua última passagem, quando entrará na atmosfera do planeta até tornar-se um meteoro e desintegrar-se.

Antes do fim, porém, a sonda irá coletar o máximo possível de dados, fonte importante para o conhecimento desse misterioso planeta. "O que aprendermos a partir das destemidas órbitas finais da Cassini vai aprofundar ainda mais nossa compreensão de como planetas gigantes e sistemas planetários em todo lugar se formam e evoluem. São verdadeiras ações de descoberta até o fim", explica Thomas Zurbuchen, vice-administrador da Nasa.

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