Os buracos podem ter massa estelar (aqueles das ondas gravitacionais), podem ser supermassivos (os que existem no centro das galáxias), e podem ter massa intermediária.
Os de massa intermediária não são fáceis de serem encontrados pois ocorrem normalmente em regiões difíceis como no interior de aglomerados globulares de estrelas. Por isso, cada descoberta desse tipo de buraco negro deve ser celebrada.
Além disso, os astrônomos pensam que esses buracos negros de massa intermediária guardam o link perdido entre os buracos negros de massa estelar e os buracos negros supermassivos. Ou seja, ao estudar esse tipo de buracos negros os astrônomos estão basicamente estudando a linha evolutiva desses objetos intrigantes do universo.
Os astrônomos então caçam esse tipo de buraco negro.
Ao observar o aglomerado globular chamado NGC 6624, localizado a 26 mil anos-luz de distância da Terra (ou seja, localizado à mesma distância do nosso buraco negro supermassivo central), na direção da constelação de Sagittarius, os astrônomos descobriram um pulsar, chamado PSR B1820-30A, que muito provavelmente está orbitando um buraco negro.
Esse buraco negro teria o equivalente a 7500 vezes a massa do Sol.
Esse pulsar não foi descoberto agora. Na verdade, ele foi descoberto em 1990. Desde então, os astrônomos estão analisando 25 anos de dados coletados para chegar a essa conclusão.
Os pulsares agem como relógios muito precisos. Isso permite calcular com precisão a distância até eles, e também os torna muito sensíveis a qualquer movimentação de objetos massivos à sua volta, como buracos negros de massa intermediária, permitindo assim a descoberta desses objetos que estão ali escondidos.
Os movimentos medidos a partir do tempo dos pulsos do pulsar permitiram que os astrônomos pudessem calcular os parâmetros e a massa do seu buraco negro companheiro.
Essa descoberta é muito importante pois fornece dados para um melhor entendimento de como os buracos negros de massa intermediária se formam e evoluem, e também sobre como os aglomerados globulares se formam e evoluem.
Fonte: AstroPT
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